O Índigo do Pastel-dos-Tintureiros do Faial

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Pastéis em Novembro, aconchegados pela Lã Bordaleira / Woad plants back in November. Sometimes we use wool as mulch.

Pastéis em Novembro, aconchegados pela Lã Bordaleira / Woad plants back in November. Sometimes we use wool as mulch.

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O líquido da extracção antes de fazermos a conversão para o índigo / The color of the extraction liquid before we make the conversion to Indigo

O líquido da extracção antes de fazermos a conversão para o índigo / The color of the extraction liquid before we make the conversion to Indigo

A passagem da cor acastanha para verde, antes de ficar Azul / The color transformation from reddish brown to green, before it becomes Blue

A passagem da cor acastanha para verde, antes de ficar Azul / The color transformation from reddish brown to green, before it becomes Blue

Extracção do Índigo terminada / Finished Indigo extraction

Extracção do Índigo terminada / Finished Indigo extraction

Índigo extraído de Pastel-dos-Tintureiros do Faial / Índigo extracted from Woad from the Faial island in the Azores

Índigo extraído de Pastel-dos-Tintureiros do Faial / Índigo extracted from Woad from the Faial island in the Azores

Pastel-dos-Tintureiros em floração / Flowering woad plant

Pastel-dos-Tintureiros em floração / Flowering woad plant

 

Com o tempo que tenho dedicado ao Índigo Japonês ainda não tinha tido oportunidade de prestar verdadeira atenção ao Pastel-dos-Tintureiros. E sem a atenção devida não tinha conseguido que ele me desse nada de interessante até agora. Anualmente costumo cultivar Índigo japonês em grande quantidade e apenas uma meia-dúzia de Pastéis, que uso para aprender sobre o seu cultivo, fazer algumas experiências e renovar a semente.
Em Novembro passado, acabada a temporada do Índigo tive finalmente alguma capacidade de foco para olhar para o Pastel-dos-Tintureiros devidamente e finalmente consegui extrair índigo proveniente desta planta icónica.
Estas Isatis tinctoria (nome científico do Pastel-dos-Tintureiros) não são uma variedade qualquer. São das que eram cultivadas nos Açores, onde em tempos tivemos uma verdadeira “indústria pasteleira”. Mais especificamente vieram da Ilha do Faial e, apesar de eu não me dedicar à vertente histórica, sinto-me muito contente por se ter voltado a extrair índigo destes pastéis com tanta história .
Para ser justa, tenho de admitir que foi a generosidade do Índigo Japonês que me permitiu experimentar de forma tão livre e intensa nos últimos anos e aprender o necessário sobre a extracção de índigo para agora abordar o Pastel e ser bem-sucedida na extracção do pigmento.
Para celebrar o Pastel-dos-Tintureiros e o meu recém-encontrado afecto por esta plantinha, mandei fazer os postais da temporada, que costumam ser oferecidos com as encomendas da loja e nas nossas oficinas, com uma ilustração botânica sua.
Lá na quinta BioHabitus, onde fazemos os nossos cultivos, os mesmos pastéis já espigaram e já começaram a florir para produzir semente.

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