O Linho em crescimento
Linho Galego - 29.04.2015
Linho Galego - 11.05.2015
Linho Galego - 13.05.2015
Linho Galego - 19.05.2015
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Uma semana após a sementeira e parece que não ocorreu nenhuma das catástrofes previstas por mim. Os pássaros não acorreram em massa para comer as sementes, não as enterramos demasiado fundo para elas brotarem, nem matámos as pobrezinhas à sede. Em vez disso esteve foi um calor excessivo para a época e, como é referido em todo o lado, o Linho cresceu visivelmente mais rápido do que devia. Algo que ninguém pode controlar, claro.
No dia em que surgiram os primeiros rebentos em massa, pensei que íamos ficar com um campo aos "tufos" nos talhões que semeamos em linha, mas à medida que foram crescendo, acabaram por se homogeneizar. Ainda assim, e olhando para o campo já crescido, um mês depois, a conclusão é que a sementeira do linho para fins têxteis é para se fazer a lanço e, de preferência, atravessando o campo duas vezes, em ambos os sentidos, cruzando a distribuição da semente para que fique mais uniforme.
Foi a lanço que a distribuição ficou melhor, o que uniformizou a espessura dos caules, e as infestantes tiveram mais dificuldade em brotar no pouco espaço livre que havia. O cultivo do linho para fins têxteis é suposto ser denso, pois é este factor que regula a espessura dos caules e, consequentemente, a espessura da fibra que obtemos. No entanto, se o cultivo estiver demasiado denso, as plantas têm tendência para começar a acamar, o que não é muito bonito.
Quem já tem décadas de experiência no cultivo da planta, tem a mão treinada para a quantidade de semente a distribuir. No nosso caso, embora o campo esteja perfeitamente bem, consigo ver uns pontos onde o linho acamou um pouco e as linhas por onde comecei a distribuir a semente estão mais raras (pela simples razão de que não estava segura quanto à quantidade de semente a usar, por mais que me tivesse informado, então fui um pouco forreta na distribuição ao início...).
A Carlota foi quem manteve o linho debaixo de olho durante o período de crescimento, que é uma forma de dizer que foi ela a grande responsável por manter o linho vivo e as infestantes controladas, fazendo a monda à mão, já que por uma questão de área cultivada, que era pequena, mas também por princípio, não se usou nenhuma espécie de herbicida.
Além disso, já percebemos que com uma melhor preparação do solo, aliada à sementeira a lanço mais densa, ainda teríamos menos infestantes do que as que surgiram este ano.
Mas estou aqui a ser um bocado perfeccionista, porque o que eu acho mesmo é que, para linicultores de primeira viagem, ficamos com um campo de linho bem bonito!
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[29.04.2015 - 19.05.2015 / Este post refere-se à investigação e actividades desenvolvidas no âmbito do programa Saber Fazer em Serralves ]

