Dois dias de cultura Amuzga no Saber Fazer

Foram de facto dois dias muito especiais, estes em que recebemos a Gabina Valentína, uma tecedeira Amuzga de Xochistlahuaca, e a Inês Queirós da Fundação TuYo (responsável pela sua vinda à Europa), para divulgar a sua cultura e a técnica de tecelagem com tear de cintura mexicano. A Gabi esteve apenas em Amesterdão, Barcelona e cá no Porto, durante a sua primeira tour europeia, por isso foi mesmo um privilégio poder tê-la por cá!

A estadia da Gabi no Porto foi curta e o objetivo principal da vinda ao Porto era a Masterclass de Tear de Cintura Mexicano, que tinha apenas 6 vagas. Como queríamos partilhar a sua vinda cá com mais pessoas, optamos por fazer uma aula aberta no sábado de manhã que antecedeu a Masterclass. Durante esta aula aberta a Gabi partilhou a sua cultura, as suas experiências, trabalhos e técnicas com quem nos visitou.
Queremos agradecer a todos os que nos visitaram e partilharam connosco este momento, pois fizeram a Gabi sentir-se bem-vinda e o seu trabalho valorizado e respeitado.

No sábado da parte da tarde demos início à Masterclass. Cada aluna teve direito a um tear de cintura construído pela Gabi no México. A aprendizagem começou pela montagem da teia no tear, avançando para a introdução à técnica de Tecelagem com o tear de cintura e de simbologias únicas da cultura Amuzga. Mais uma vez, foi um privilégio ter a Gabi a partilhar algo tão importante para a sua cultura connosco e ela ficou orgulhosa de ver os trabalhos das alunas finalizado.
Os fios com que teceram tinham sido tingidos artesanalmente pela Gabi, o que tornou tudo mais especial.

No Saber Fazer, a Gabi deixou 2 teares de cintura construídos por ela, um deles parcialmente tecido por ela (!), bem como sementes de algodão autóctone colorido e ainda um dos seus fusos que, é escusado dizer, é a melhor prenda que se pode dar a uma fiandeira. Em troca, ofereci-lhe linho e seda artesanal para ela brocar um Huipil especial, que espero que seja uma mistura das fibras das duas culturas.
Algodão de uma variedade autóctone colorida gera tanta excitação cá no Saber Fazer como os novelos de Linho Galego à Gabi, portanto ficamos ambas muito contentes!
O tempo foi curto, senão teríamos ficado dias a fiar, tecer e a ensinar coisas uma à outra.

Obrigada Gabina e Inês! Para o ano cá estaremos para vos receber novamente.



Links para explorar:
- Fundação TuYo

Anterior
Anterior

Alunos Aplicados: Royal’Pacas

Próximo
Próximo

Cultura Para Todos em Vinhais - Artes e Ofícios