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Lã Portuguesa - as madeixas em bruto
Entretanto, os trabalhos de processamento e análise das lãs portuguesas prosseguem nas mãos da Isabel e da Guida, já em Viana do Alentejo.
Por aqui, vou partilhando algumas imagens do trabalho em progresso que vou acompanhando à distância

Velos e mais velos de lã portuguesa
Deitamos mãos à obra e abrimos todas as embalagens que me tinham vindo a chegar durante semanas, para analisar e separar. Das Churras transmontanas às Algarvias, passando por diversas merinas, saloias e bordaleiras, foi um prazer ver e tocar em todas estas lãs nacionais pela primeira vez.

As lãs portuguesas de norte a sul
Estes são apenas alguns dos embrulhos que têm chegado a Serralves, de todo o país, com as lãs de todas as nossas raças autóctones.
Desde final de Abril que andamos a fazer contactos com associações e produtores para conseguirmos ter este material todo reunido e dar início ao que, a par do desenvolvimento dos ciclos de três fibras têxteis, também propus que fosse feito neste ano de 2015, a propósito do Saber Fazer em Serralves: uma publicação que se dedicasse a analisar e comparar as lãs produzidas pelas nossas raças autóctones.

O Linho em crescimento
Uma semana após a sementeira e parece que não ocorreu nenhuma das catástrofes previstas por mim. Os pássaros não acorreram em massa para comer as sementes, não as enterramos demasiado fundo para elas brotarem, nem matámos as pobrezinhas à sede.

De quanta semente é que precisamos e porquê?
Acho que a pergunta para a qual mais me esforcei para encontrar uma resposta clara junto das pessoas que consultei e do material que li foi relativamente à quantidade exacta de semente que iria necessitar para determinada área.

Os conselhos do Eng. Flávio Martins para o cultivo do linho
Haverão livros mais extensos sobre o assunto, mas considero estes escritos pelo Eng.Flávio Martins, nos anos 40, uma preciosidade porque tinham uma missão muito clara: assegurar que os agricultores que cultivavam o linho usado pela EFANOR possuíam toda a informação necessária para que a produção fosse de qualidade.

Cá estão eles!
Quatro dias depois da sementeira, os primeiros rebentos do linho galego começaram a espreitar.

O Linho - Sementeira
A investigação que andei a fazer até agora fez-me perceber o quão complexa é esta plantinha e como a qualidade do linho que vamos ter depende quase exclusivamente do que for feito precisamente na altura da sementeira, e bom, também de uma série de factores meteorológicos que não podemos controlar.

O Linho - preparação do terreno
O nosso Linho foi semeado mais tarde do que devia, a 23 de Abril. O plano era fazê-lo duas semanas antes, no final de Março/início de Abril, mas problemas relacionados com o equipamento que era necessário para mobilizar o solo, obrigaram não só a que o momento fosse sucessivamente adiado, mas também a mudar de localização para o cultivo, e esta data foi o melhor que conseguimos fazer.
