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Vê-las a crescer
Nascem com cerca de 1mm e crescem até cerca de 7.5cm, mesmo antes de começarem a dar sinais de quererem encasular.
Quando propus que fizessem uma criação de bichos-da-seda em Serralves, com vista à produção de fibra, pensei em começar com umas poucas lagartas - umas 150 no máximo - não só porque o faríamos pela primeira vez, mas porque não tinha a certeza quanto à quantidade de alimento necessária e se as amoreiras do parque seriam suficientes.

Nenhuma lagarta ficará para trás
Quando as lagartas ainda são bébés, ocupam um tabuleiro único, e limpar esse tabuleiro é fácil e rápido. Mas quando começam a crescer, temos de as espalhar por mais tabuleiros, para lhes dar espaço, e quando temos 11 tabuleiros para manter bem limpos, o trabalho complica-se e é preciso arranjar um sistema para facilitar a tarefa.

Lã Portuguesa - as madeixas em bruto
Entretanto, os trabalhos de processamento e análise das lãs portuguesas prosseguem nas mãos da Isabel e da Guida, já em Viana do Alentejo.
Por aqui, vou partilhando algumas imagens do trabalho em progresso que vou acompanhando à distância

Velos e mais velos de lã portuguesa
Deitamos mãos à obra e abrimos todas as embalagens que me tinham vindo a chegar durante semanas, para analisar e separar. Das Churras transmontanas às Algarvias, passando por diversas merinas, saloias e bordaleiras, foi um prazer ver e tocar em todas estas lãs nacionais pela primeira vez.

As lãs portuguesas de norte a sul
Estes são apenas alguns dos embrulhos que têm chegado a Serralves, de todo o país, com as lãs de todas as nossas raças autóctones.
Desde final de Abril que andamos a fazer contactos com associações e produtores para conseguirmos ter este material todo reunido e dar início ao que, a par do desenvolvimento dos ciclos de três fibras têxteis, também propus que fosse feito neste ano de 2015, a propósito do Saber Fazer em Serralves: uma publicação que se dedicasse a analisar e comparar as lãs produzidas pelas nossas raças autóctones.

O Linho em crescimento
Uma semana após a sementeira e parece que não ocorreu nenhuma das catástrofes previstas por mim. Os pássaros não acorreram em massa para comer as sementes, não as enterramos demasiado fundo para elas brotarem, nem matámos as pobrezinhas à sede.

De quanta semente é que precisamos e porquê?
Acho que a pergunta para a qual mais me esforcei para encontrar uma resposta clara junto das pessoas que consultei e do material que li foi relativamente à quantidade exacta de semente que iria necessitar para determinada área.

Os conselhos do Eng. Flávio Martins para o cultivo do linho
Haverão livros mais extensos sobre o assunto, mas considero estes escritos pelo Eng.Flávio Martins, nos anos 40, uma preciosidade porque tinham uma missão muito clara: assegurar que os agricultores que cultivavam o linho usado pela EFANOR possuíam toda a informação necessária para que a produção fosse de qualidade.

Cá estão eles!
Quatro dias depois da sementeira, os primeiros rebentos do linho galego começaram a espreitar.

O Linho - Sementeira
A investigação que andei a fazer até agora fez-me perceber o quão complexa é esta plantinha e como a qualidade do linho que vamos ter depende quase exclusivamente do que for feito precisamente na altura da sementeira, e bom, também de uma série de factores meteorológicos que não podemos controlar.